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| Maju Trindade |
Nessa era digital
que vivemos, ser famoso na internet e ganhar dinheiro por causa disso é um
grande feito. Receber umas blusinhas da Adidas, uns tênis da Nike, umas bolsas
da Coach, umas maquiagens da M.A.C ou até umas capinhas de celular da GoCase
pode ser algo maravilhoso. E realmente é. Imagine você conseguir que grandes
marcas do mercado, ou até as pequenas, te notem e acreditem que você pode
trazer algum benefício para elas.
Acompanho muita
gente que influencia uma legião de pessoas na internet. Seja no Instagram, no
Youtube, no Facebook ou SnapChat sempre tem alguém que é conhecido e recebe
vários mimos por semana. Gente que trabalha com a própria imagem na internet e
ganha muito por isso. O tal do marketing pessoal, sabe? Uma galera que soube
investir em si mesmo e se transformar numa vitrine ou numa marca, e que
consegue render uma graninha por isso. Além das tais marcas, que apoiam essas
pessoas, renderem muito mais.
E tem algo de errado
nisso? Você acha que é errado receber umas blusinhas da Adidas só por ser
famoso em alguma rede social, ou em todas as redes sociais? Não acho que seja.
Mas também não sei se eu serviria pra isso. Óbvio que eu ia amar receber um
monte de coisa e saber que alguma empresa acredita no meu poder de influência.
Ia amar receber uns Air Max, uns moletons, uns lanchos do Mc Donalds, umas
maquiagens da Urban Decay e etc. Quem não amaria? Não fazer "nada" e
ainda sim receber presentes...
Esse é o problema.
Os influenciadores não fazem nada, eles fazem muito. Ficam conectados pelo
menos uns 70% do seu dia, postam várias fotos, gravam vídeos, escrevem coisas,
estão sempre sendo "vigiados" virtualmente. Não basta ser só uma
carinha bonita e já era. Tem que produzir alguma coisa, tem que cativar seus
seguidores, tem que dialogar, tem que se mostrar, tem que mostrar onde está ou
onde foi, tem que mostrar o seu lifestyle e fazer com que pessoas se interessem
nele e queiram ser você (ou ao menos usar as coisas que você usa).
Eu estou sempre
conectada mas nem sempre "produzindo" conteúdos. Gosto do Snap e faço
alguns mas não é sempre. Gosto do Instagram mas não é sempre que posto foto.
Gosto do Youtube mas nunca nem postei um vídeo. Estou mais pra consumidora de
conteúdos do que produtora. Não consigo ficar gravando Snap quando eu saio,
quando vou comer fora, quando estou com amigos numa social e nem nada. Aliás,
se as companhias forem interessantes, aí é que esqueço meu celular. Não tenho
obrigação de mostrar o que estou fazendo, assistindo ou comendo. Não preciso
ter essa obrigação e não me sinto tão diferente ou legal ao ponto de servir
como referência. Talvez seja por isso que eu não serviria pra ser um Digital
Influencer.

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